Ambrose

Sente a calçada

Ambrose
Vem à rua, sente a calçada
Engana a chuva que se propaga
Arte da velha que não se apaga
A caravela que naufraga

Como o calor do Vesúvio
Ou lutas em Esparta
Vence (a) dor o que partilha
Um jogo onde se empata
Abre a escotilha, tu respira
Desaperta a gravata
Tas focado no teu globo
Capacete de astronauta

Eu sei

Vem à rua, sente a calçada
Engana a chuva que se propaga
Arte da velha que não se apaga
A caravela que naufraga

Já não sentes a lua
Essa dor não é tua
Trocas de personagem
Pra uma mais conspícua
Só quero que diminua
Não cedas a essa mágoa
Por vezes Magoa
Uma emoção mutua

Costas tão dobradas
Das facadas na cultura
As nuvens são confidentes
Sorriem ao passar na rua
Que inequação tão árdua
Fazer uma vida boa
O Manifesto perdura
Eu não rezo a bula

Vem à rua, sente a calçada
Engana a chuva que se propaga
Arte da velha que não se apaga
A caravela que naufraga

Desabrocham lírios
Como sucumbem sírios
Ya mundo, are u serious?
Consulto o concilio
Luz e quedas, labaredas
Chama dança bailarina
Tanta fera, tanta merda
Pouca ação e tudo opina

Vem à rua, sente a calçada
Engana a chuva que se propaga
Arte da velha que não se apaga
A caravela que naufraga

Ela nega, ela esfrega
Que atuação exímia
Um gajo quina
Penso quando é que isto finda
Um gajo liga
Chamada não atendida
A saudade são nós
Cegos nos atacadores da vida
Encruzilhadas, 4 estradas
7 estacas, estou perdido
Tanto brilho no móvel
Desejo ser polido
Todo o Ser tem ouvido
Todo o cérebro é atingido
Melodias sentidas
Em sentidos inibidos

E tu

Vem à rua, sente a calçada
Engana a chuva que se propaga
Arte da velha que não se apaga
A caravela que naufraga

Eu estou nas nuvens
A anotar conclusões
Contam carneiros
Marchamos contra canhões
Tanto silêncio
Para tantos vozeirões
Imponhamos amor
Imponhamos razões

Vem á rua, sente a calçada
Engana a chuva que se propaga
Arte da velha que não se apaga
A caravela que naufraga

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