Boa praça

Eu me basto

Boa praça
Não é que eu queira me entocar
Tampouco dentro da minha mente
Me enfurnar
Eu sei que o mundo é tanto
E que até o geoide azul
Sai do seu lugar
Do seu lugar
Fico até sem jeito de confessar
É algo muito estranho
Pra verbalizar
Mesmo pra mim me soa doido
Querer de tudo se distanciar
Se distanciar

Não, não há nada fora do lugar
Nada que não pudesse aguentar
O mundo extramuro é até legal
Mal não faz encarnar
O animal social

Social!
Social!
Social
Mas sendo franco amigo, a real:

E pra você, amigo, eu digo
É muito normal
Ficar só eu comigo mesmo
É tão natural
Há um enorme abismo
Uma fossa abissal
Que me divide a casa
Do tédio habitual
No fundo, amigo, a real
É que eu me basto
E ponto final

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