Bruno conde

Contos de cordel

Bruno conde
Na caatinga tão longe
Lá no fim do esquecer
Benzedeira é quem cura
Todo mal de padecer
Muita reza e caborje
Chá de erva e patuá
Um bentinho no pescoço
Pro caipora se espantar

Cangaceiro de corpo fechado
Contra bala da polícia, proteção
Acredite, aconteceu lá no passado
Com um cabra chamado lampião

Figa preta esconjura mal olhado
Ferradura e pé de coelho sorte traz
Santo antônio de cabeça pra baixo
Prum casório há de vir um bom rapaz

Acauã piando pela noite
Tão choroso de tragédias pelo ar
Assovio longo é que chama o vento
Sexta-feira treze chama o azar

Contador sou forte no repente
Cantador sou de desafiar
Meu cordel não é potoca ou enfeite
Essa moda de viola vem provar

Encontrou algum erro na letra? Por favor envie uma correção clicando aqui!