Bruno lucusi

A sociedade dos poetas mortos

Bruno lucusi
Estamos sepultados vivos
Coloquem flores de plástico em nossos jazigos
Saciado seu dever cumprido
Falsas lágrimas
Sarcasticos sorrisos
Enquanto parecemos aqui esquecidos
Vamos de fato quem são os mortos vivos
A massa de ciclo de comodismos
Que serão dizimados
Pois já estão enterrados
Dentro dos seus próprios lixos

E quando acham que estamos sozinhos
A sete palmos sonhos e destinos
Bem acompanhados nós estamos vivos
Entre pilhas de ossos e escritos póstumos
Na sociedade dos poetas mortos

Edificamos mais que edifícios
Somos a cultura de todos sentidos
Enquanto ecoam os fogos de artifício
Exaltam os virtudes, estagnamos os vícios
Superfícies não conhecem os abismos
E nós somos muito mais que isso
Somos etéreos, eternos
Muitos mais do que vemos
E vocês escaupelados são os mesmos
E então desencarnados
Almas jogadas ao esmo

E quando acham que estamos sozinhos
A sete palmos sonhos e destinos
Bem acompanhados nós estamos vivos
Entre pilhas de ossos e escritos póstumos
Na sociedade dos poetas mortos

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