Cavaleiros marginais

Pequena operária

Cavaleiros marginais
Eu já percorri a casa
Toda suja de glacê
Me afoguei em gota rasa
Doce, doce de morrer
Esticada no carpet

Sou linha no assoalho
Que hoje gruda no teu pé
Meu diário itinerário
Doce, doce do café
Que deixaram na colher

Faço a festa na mesa
Saio à francesa
Ninguém me vê
Pego da sobremesa,
Da rapadura e do dendê

Sou pequena operária
Mas é grande o coração
Tanto amor aqui trabalha
Doce, doce da paixão
Que esqueceram no verão

Pesa que nem martelo
Tanto farelo
Pra carregar
Assumo que exagero
Que é pra rainha poder gostar

Mas baixei minhas antenas
A família vem aí
Vou descer a duras penas
Do balcão em que subi
Quase, quase que morri

Trabalhei o dia inteiro
Como é bom poder partir
E levar pro formigueiro
Doce, doce que escolhi...

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