Rancho solidão
Cristiano fantinel
Coberto de santa-fé
Frente norte, chão batido
Quatro paredes barreadas
Na quincha alguma goteira
Por onde olho as estrelas
Nas altas da madrugada
Frente norte, chão batido
Quatro paredes barreadas
Na quincha alguma goteira
Por onde olho as estrelas
Nas altas da madrugada
E os dias se tornam longos
Neste rancho solidão
Que há muito faço morada
Quando o sol vai se enterrando
Cevo um mate e de escoteiro
Minha alma pega a estrada
Repasso uma cantilena
Que eu fiz para a morena
Que há de ser minha namorada
Ser ginete não me basta
Quero descobrir os segredos
Do freio e da prenda amada
Quando o sol vem apontando
Já estou revisando a tropa
Lá da última invernada
Por companheiros
Um cusco amigo
E uma tostada buena
Das quatro patas calçada
E um rancho que é solidão
Enquanto eu não amansar
De garupa a minha tostada
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