Edgar

O dia é meu (part. céu)

Edgar
Somos o silêncio do seu bem estar
Da sua alegria plastificada
Quando a felicidade ameaçar fugir
Prenda a respiração e não a deixe sair
Não saia!
Não perca a próxima atração
Agrupe nossas características
E nos separe por vagas de emprego

Agora, o dia é meu!
E eu dou ele pra quem eu bem quiser
Agora, o dia é meu!
E eu dou ele pra quem eu bem quiser

Meu dedo médio não tem modos
Eu sou livre de todos os meus dedos
Não nos confunda, não somos a fartura barulhenta
Das suas construções [?]
Somos doloridos, somos pouquinhos
Porque o que é muito, sobra
E vira resto
Sempre sobra, e vai pro lixo
E vira arma, vira mosquito
Viral, viral
Viram verões em primaveras
Cabeças cheias com o vazio de suas panelas
Documentos históricos e sambistas com microcefalia
Não nos salvaram nesse dia
Segundo dirá a profecia com cemitério de carros alegóricos
Viram verões em primaveras
Cabeças cheias com o vazio de suas panelas

Agora, o dia é meu!
E eu dou ele pra quem eu bem quiser
Agora, o dia é meu!
E eu dou ele pra quem eu bem quiser

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