Estado de sítio

Papel velho

Estado de sítio
Hoje eu acordei no meio de espinhos
Em meus sonhos embolados, feito papel velho
Nessa roupa de festa que usei pra celebrar
Um amor eterno
Mas este coração mesmo inundado
Ainda morre de sede

A poesia desafinou
A vida viajou, se foi
E eu fiquei pra cuidar de mim

Eu do alto via as cores
Eu do alto sabia das dores
No fim voei com lama no lugar de penas
Mas tristeza é como velho um trago
Que aquece o peito antes de fazer cair

Da torre em ferro e neon
A vida se mandou, já foi
E eu fiquei pra cuidar
Fiquei pra cuidar de mim
Espero o sol se libertar, sair daquela gaveta
Desenterrar um poço d’água limpa

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