Excultura

O monstro

Excultura
Eu pus peixes rosados
Pra nadar em bando
Na grande piscina azul

E todo dia eu mato
Um pouco da marionete
Em que preso eu nasci

É que quando a luz atrás se apagou
A silhueta se tornou você
E olhando de longe, com olhos semicerrados
Pude perceber

Que o monstro não estava lá
O monstro sempre esteve aqui
No pé do meu ouvido
Cochichando absurdos sobre ti

Eu peço mil perdões
Se as minhas presas
Se recusam a se recolher

Se o medo da morte
Nos prendeu aqui
Melhor eu te acolher (e você, a mim)

É que quando a luz atrás se apagou
A silhueta se tornou você
E olhando de longe, com olhos semicerrados
Pude perceber

Que o monstro não estava lá
O monstro sempre esteve aqui
No pé do meu ouvido
Cochichando absurdos sobre ti

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