Imborná

Olho por olho

Imborná
Vingança sublime nos olhos
A paz por de trás da guerra
O cheiro de medo nos poros
Atrai os sentidos da fera
O sangue que vence a lâmina
A calma que apaga o fogo
A brasa por baixo das cinzas
Acende tudo de novo

Os punhos sempre cerrados
Coloca-nos um passo à frente
Destinos há tempos selados
Olho por olho, dente por dente
Cores mudam diante dos olhos
Mas as sombras são todas iguais
O armário acumula os espólios
Das coisas que ficam pra trás
O túmulo dentro da mente
E a vontade que vem de gritar
O amargo que chega à boca
Só a raiva é que pode fêmbar

A lógica os torna ameaça
Podemos ver claramente
Se hoje é o dia da caça
Olho por olho, dente por dente

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