Imborná

Vidas secas

Imborná
Deixe de besteira, quebra aquele espelho João
E tira da cartola a cabeça e uma pistola
E atira na cabeça João!

Que a fome no sertão não quer passar
E a seca não quer secar a minha dor
Vou rogar qualquer chuva, Iemanja
Quero ver minha flor de Arujá
(Nas noites quentes do sertão)

E ao brotar o primeiro capim p’ro boi comer
A gente vai se casar com
As bênçãos do padre Binê

Pega essa arma João, é claro que o sertão vai virar mar
Pega essa arma João, é claro que o sertão vai virar mar
É claro que o sertão vai virar mar
É claro que o sertão vai virar mar, é claro que o sertão vai virar mar

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