Alma de galpão
Luiz marencoQuando cevado com o calor da própria mão
A madrugada negaceando mostra a cara
Cheiro de garras e pelegos pelo chão
Como faz bem ouvir o relincho do potro
Lá na magueira a espera do buçal
Baio sebruno, cabos negros de respeito
Que pelo jeito, não nasceu pra ser bagual
Como faz bem tomar um banho na restinga
Vestir as pilchas domingueiras pra passear
Ouvir a gaita de oito baixos resmungando
Adivinhando o pensamento do seu par
Como faz bem sentir o gosto da querência
Ouvir um grito explodindo no rincão
O venha, venha, do tropeiro nas estradas
Rezando a prece, de retorno ao velho chão
Como faz bem lavar a fuça na gamela
Tirar o freio pra depois chimarronear
E o gado manso ruminando junto as casas
E a terneirada num berreiro pra mamar
Como faz bem sentir o cheiro do borralho
Respirar fundo o braseiro do tição
Rio Grande velho, que retrata diariamente
Como se forja uma alma de galpão
Mais ouvidas de Luiz marenco
ver todas as músicas- Um Vistaço na Tropa
- Senhor Das Manhãs de Maio
- Cantador de Campanha
- Recuerdos Posteiro
- De Alma, Campo e Silêncio
- Pra Os Dias Que Vem
- Quando O Verso Vem Pras Casa
- Meu Rancho
- Da Boca pra Fora
- Ressábios
- Andarilho
- Fandango Na Fronteira
- Último Sonho Xirú
- Destinos
- Entre Mãos e Tentos
- Pra Quem Avista Ivituatã
- Estâncias da Fronteira
- De Volta de Uma Tropeada
- Aquele Zaino
- Décima de Mudar Cavalo