Entre mãos e tentos
Luiz marencoTirando uns tentos, mais ou menos grossos
Cardal pra cima que dormiu na estaca
E acordou com a chaira, fazendo alvoroço
Cada tento forte, desquinado inteiro
Pelas mãos de jeito, de paciência e arte
Só depois com outro é que vai ser guerreiro
Porque ainda solito, num tirão se parte
Pelas mãos de campo, de dar tironaços
Na perícia antiga, que aprendeu com outros
Já passaram rédeas, barbicachos, laços
E cabrestos fortes que golpearam potros
É quase um romance, entre mãos e tentos
Um tento por baixo, outro vai por cima
Vai crescendo o laço, pra cantar nos ventos
Numa trança forte, mas com a mesma rima
Vai desde argola, quase doze braças
De corpo parelho pra encontrar a presilha
Numa armada aberta é quase uma ameaça
Pela mão que firma mais quatro rodilhas
Pra tentear o laço e firmar a trança
Num pealo de longe, polvadeira erguida
Feito um laço novo, tempo corre e corta
E quando a argola solta, nos rebenta a vida."
Mais ouvidas de Luiz marenco
ver todas as músicas- Um Vistaço na Tropa
- Senhor Das Manhãs de Maio
- Cantador de Campanha
- Recuerdos Posteiro
- De Alma, Campo e Silêncio
- Pra Os Dias Que Vem
- Quando O Verso Vem Pras Casa
- Meu Rancho
- Da Boca pra Fora
- Ressábios
- Andarilho
- Fandango Na Fronteira
- Último Sonho Xirú
- Destinos
- Entre Mãos e Tentos
- Pra Quem Avista Ivituatã
- Estâncias da Fronteira
- De Volta de Uma Tropeada
- Aquele Zaino
- Décima de Mudar Cavalo