Milonga para cantar querencia
Luiz marencoFiz meu verso mais bonito
Lhe botei cerne de angico
Pra sustentar minha crença
Para cantar minhas querência
Cantei a simplicidade
E a ilusão da eternidade
Sonhada na descendência
Quando eu canto meu rincão
Eu encontro minha vida
Ponta de gado perdida
Na manhã de cerração
Quando eu canto meu rincão
Eu canto as pequenas coisas
O barro das mariposas
E os bois que puxam arrastão
Pra cantar meu lugar
Faço versos campo a fora
Se o trote faz cantar a espora
Me faz olvidar o penar
Para cantar meu lugar
Falo de força e lida
Corda de couro estendida
No equilíbrio de chinchar
Quando canto meu rincão
Canto sacando o sombreiro
Do peito... não há dinheiro
Que compre um palmo de chão
Canto a estripe do meu pago
Pendoado de terra e gente
O pasto solta a semente
Vinga mais pasto do lado
Eu sou cantor de algum lugar
E é esse meu elemento
A lua tem quatro tempos
E um só jeito de cruzar
Para cantar minha querência
O meu mais belo poema
Que caia na terra buena
Pra florescer minha crença
Mais ouvidas de Luiz marenco
ver todas as músicas- Um Vistaço na Tropa
- Senhor Das Manhãs de Maio
- Cantador de Campanha
- Recuerdos Posteiro
- De Alma, Campo e Silêncio
- Pra Os Dias Que Vem
- Quando O Verso Vem Pras Casa
- Meu Rancho
- Da Boca pra Fora
- Ressábios
- Andarilho
- Fandango Na Fronteira
- Último Sonho Xirú
- Destinos
- Entre Mãos e Tentos
- Pra Quem Avista Ivituatã
- Estâncias da Fronteira
- De Volta de Uma Tropeada
- Aquele Zaino
- Décima de Mudar Cavalo