Mazo melo

Negro rei

Mazo melo
Virei chão, virei poeira
Virei rio, virei mar
Vi que a vida é correnteza
Que nos leva a navegar
Vi que o tempo é fortaleza
Nos fazendo acreditar

Retiraram minha terra
Meu destino, meu lugar
Minha gente, minha vida
Minha esperança, meu par
Me deixaram sem razão

Hoje dizem que sou livre
Que sou feliz outra vez
Como posso, com as marcas
Dessas que o destino fez
Cicatrizes não se apagam
Quando tá no coração
Pois vez em quando
Pode vir

Não vejo a estrada
Perdi meu rastro
Meu chão
Vivi a maldade
Na algema de ferro e grilhão

Não vou só
Não vou só
Não vou só, não
Só não

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