Mazo melo

O medo e o morro

Mazo melo
Era um preto, era um pobre
E o morro
Onde a paz não tem passagem
Pra descançar
Era a vida caindo
E o troco de quem cobrava
E o pouco
De quem não tem pra dar

E a cruz que protege
E o olho
De quem não vê o medo
De poder trabalhar
Vida que vale pouco
Ou nada
No fio da navalha
Que fere e pode matar

E esse pivete não tem pipa
Também não tem saída
Nem pra onde chegar
Rota da vida
Seu futuro é ter que pular o muro
Pra poder respirar

E a cruz que protege
E o olho de quem não vê o medo
De poder trabalhar
Vida que vale pouco
Ou nada
No fio da navalha
Que fere e pode matar

Vida ferina, prece a rogar
Faz oferenda, joga no mar
Vida contida, quem tem pra dar
Outro caminho, outro lugar

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