Ruessência

Little gold

Ruessência
Uma linha divisória
Entre pobreza e riqueza
Onde as plantações de cana
Enterraram a natureza

Desertos verdes que
Não passam de ilusões
Pra que no fim da safra
Eles lucrem milhões

E as condições precárias
Pobre passa e é normal
Mas pra uns pouco importa
Pois não passa no jornal

É o rap do interior
Provando que também tem voz
A cidade chama ourinhos
Mai num tem ouro pra nós
Prefeito sempre ausente
Situação é vergonhosa
As criança querendo coca
Pena que não é coca cola
Enquanto uns vendendo droga
Ou mangueando no sinal
E a pedra aqui não é rara
E nem é filosofal
A fapi pra mascarar
Toda essa podridão
E o relógio pra mostrar
Cem anos de corrupção
Desvio de verba da saúde, merenda e educação
E a cada cana que é plantada
Mais um corpo cai no chão
Os menor com os tubo de lança
Perdendo a infância
E nem sabe o porque
Nas madruga mesmo na caruda
Fazendo os corre pa sobrevive
Menor de idade fantoche no crime
Trombando cá barca é pocas e só
Enquanto o boy sem postura só arrasta nem sabe de nada e se afunda no pó

Óoh, veja que sensacional
Jornalista falando bosta
De malabarista no sinal
Enquanto mendigo pedindo moeda
Geral que se nega ajudar com 1 real
Mas nunca desvia de verba
Que era pra escola ou então pro hospital

O povão pagando mico
Vários bobo bolsomito
A fapi de pão e circo
Mas pra eles isso é bom
Pra vim dupla sertaneja
Eles gasta uns milhão
Mas pra nós faze as batalha
Num da uma caxa de som

Pra enfeita, gasta dinheiro
Com as lampada de led
E o noel vem de rapel
Mas presente num é entregue
Imposto é pago, dinheiro é gasto
Com relógio tosco e bagulho em vão
Me diz só porque cês não pega essa grana
E investe em saúde ou em educação?

Cortaram investimento nas
Nossas escolas
Mas, investimento
Não tem á mó cota
Tudo caindo aos pedaço
E o governo nem se importa
Só joga os aluno dentro
Cala a boca e tranca porta

A real é qui
Isso aqui parece uma prisão
Só pra cria mão de obra
Não pra forma um cidadão
Tem eleição então
Presta atenção
Pá num vota num zé ruela
Que só ta pelo cifrão

Num adianta abraça pobre
Se for só pra tira foto
Ou então lembra do pobre
Se for só pra pedir voto
Se quando seis são eleito
Com pobre pouco se importa
Nunca cumpre as proposta
E acha ruim se nós revolta

É a selva de pedra
Cheia de corpos vazios
Onde vários dorme na rua
E uns fechado em condomínio
Educação que é precária
Escolas sem professor
Vários desempregado
Ou escravo dos doutor
Ferrovia dos ingleses
Pro giro de capital
Dos latifúndios as fazendas
Trazendo todo esse mal
Os mais rico poluindo
E escravizando o povo
Enquanto o mano derruba o cone
E na sequência já é morto
Mesmo que a alma for boa
Corrompe no peso da farda
E se mato por engano
Porque que tava engatilhada
As mina na apologia
Acaba até se vendendo
E os mano na emoção
Sem saber o que ta fazendo
E nos posto de saúde
Mais uma fica na fila
Mó cota esperando
Morre sem ser atendida
Vários dia novo ano
Nunca que muda os sócio
Cidade chora povo sangra
Prefeito sorri pra foto

Rap do Interior
Provando que não ta de toca
E pra quem não botou fé
Essa é pra cala tua boca
Rap que tem conteúdo
Mas pra uns é um absurdo
Vive um mundo ilusões
E chama nós de vagabundo
Só que eu não tô nem aí
Pro que vão pensa de nós
Decidi ser MC
E tamo aí pra solta voz
Chega de ficar calado
Com Rap meu sangue ferve
Só de fala umas verdade
Varias carapuça serve
Isso tudo é só o começo
Isso aqui ainda é pouco
Viva o Rap, Resistência
RuEssência tá no jogo

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