Silveira e barrinha

Sombra de mulher

Silveira e barrinha
Na cidade grande
Aonde se espande
Doce ilusão
Procuraste gloria
É o fim da história
Tua perdição
Tu me abandonaste
Por umfalso amor
Pelos erros teus
Somente deus
Sabe a minha dor.

Tens na alma ingrata
Veneno que mata
Todos sentimentos
Mas o tempo corre
E a vaidade morre
Noarrependimento
A mulher descrente
Nunca está contente
Não sabe o que quer
És a criatura
Sem a alma pura
Infeliz mulher.

Não soubeste honrar
Nem o próprio lar
Dos teus velhos pais
A mancha do nome
Jamais se consome
Não se apaga mais
Ao chegar da idade
Que a cruel saudade
Ver os tempos idos
Não terás encantos
E esses teus prantos
Não serão ouvidos.

Quem derrama dores
Não semeia flores
Por onde passou
Sua alma errante
Sofrerás bastante
Colhe o que semeou
A tua vaidade
És na realidade
Infeliz qualquer
Triste é o teu futuro
Tens um céu escuro
Sombra de mulher.

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