Sinfonia aleatória

Ternos e fardas

Sinfonia aleatória
Suas promessas de momento
Suas mentiras em movimento
As suas contas tão sadias
Alimentadas por mãos vazias

Nós não vivemos de folia nem de carnaval
A nossa falsa e ensolarada imagem
tão sincera no cartão postal

Manteremos nossos sonhos acordados
com pílulas pra dormir
Beberemos ilusão em cálices de barro

É tão belo ser trágico
e no país do carnaval
é tão belo ser trágico

As nossas lágrimas e absurdos
Esquecidas no jornal de ontem
Ternos e fardas sempre surdos
Primeira página, jornal de hoje

E na bandeira continua
Ordem e progresso
Hipocrisia verde e amarela
Nosso fracasso é um sucesso

O hino chora enquanto as cores desencantam
Nossos irmãos famintos jogados aos cantos

É tão belo ser trágico
e no país do carnaval
é tão belo ser trágico

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