Thiago amud

Carnaval na mesopotâmia

Thiago amud
Vou passar o carnaval na Mesopotâmia
Simbora, simbora agora
Cê querendo eu sei um truque
Simbora, simbora agora
Cê querendo eu sei um truque
Tá quase raiando a aurora
Encare o sol até surgir a imagem
Do deus sumério Shamash
Vem chegando
Chame a chama
Vem cegando
Chame-a
E de repente em pleno Rio
Baixa e fica o Rei de Uruk
De repente em pleno Rio
Baixa e fica o Rei de Uruk

Gilgamesh que mexe que mexe que mexe que mexe
Vem amar de novo
Vem saudar o povo
Vem dançar no topo do eletro-zigurate
Vem de bate-bola
Vem entrar de sola
Vem vencer o sono, que a morte é disparate
Vem ter uma ideia
Da epopéia que não acaba
Vem, vem que a gente sua
Pra te ver brigar e sentar a pua
Em Humbaba no meio da rua
Sentar a pua em Humbaba no meio da rua

Vou esconjurar o pesadelo da história
Para maior glória desse povaréu
Hoje é quando o sonho engolfa a memória
E eu beijo a escória
E devoro a carne de mito e de medo do Touro do Céu

Hoje o Ocidente não me serve de escudo
No furor do entrudo eu vou me acabar
Não sou nada, o mito é o nada que é tudo
Tô vivo e desnudo
Pra ser devorado por sacerdotisas da deusa lunar

Adeus Anu-u-u-u-u-u-u
É quarta-feira no Vale do Ur
Javé traçou a meta
Abraão levou a Sara
Hebreus em linha reta
Babilônos no samsara

Encontrou algum erro na letra? Por favor envie uma correção clicando aqui!