Thiago amud

Sal insípido

Thiago amud
Somos o sal insípido do balneário
Representantes do mundo binário
Mal divisamos o nosso futuro
Quando chegar a roda no seu ponto extremo
Tributaremos libações ao demo
Chafurdaremos dentro do monturo

Hoje, que são as vésperas do grande dia
Estamos na vanguarda da apatia
A celebrar nossos festins sem causa
Quando o véu rasgar, desnudará a gente
E o escondido estará evidente
Somos a Terra Mãe na menopausa

Somos onipresentes desde priscas eras
Visgo de caos no eixo das esferas
Travo de dor desmilingüindo os ossos
Hoje somos o joio enganando que é trigo
E quem avisa não é inimigo
Pobre de quem não virar um dos nossos

Nós, empedernidos contra iniqüidades
Esclarecidos quanto às novidades
Nossa missão anda bem avançada
Pois, se nessa Idade de Ferro ferrenha
É inevitável que o escândalo venha
Já bloqueamos a porta de entrada

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