Eriko alvym

Espada de netuno

Eriko alvym
Caminhão carregado de olhos
o verbo sangra,
o que ficou na estrada?

Solidão e abismo - desembaraço
o que se pode perder quando o sol
queima as evidências do crime?

Nenhuma causa é nova
para que se morra, as trombetas
soaram e bêbados esquecemos do fim

Aonde encontro na mulher
o ser supremo? olho ao redor
- a chegada dos répteis percebo

Há fuga na masmorra
apenas a quem não vende bem,
loucos vampiros engarrafam sangue jovem

Ao cair da noite
encontro a cripta violada,
o corvo aproveitou esvaziando de cor o arco-íris

A chuva revela:
apenas de máscara
somos invisíveis

Nada mais espero do amor,
sinas de fumaça avisam
só o medíocre conhece o tom da canção

Aonde o trem parar
será eternamente passado
descerei na incerteza do abismo

os que se iludem aguardam
a aurora abrir os céus:
só a noite permanece

Na escadaria de Atlântida
encontro a sereia
e a espada de netuno é minha.

Encontrou algum erro na letra? Por favor envie uma correção clicando aqui!