Gabriel tupinambá

Rio de janeiro

Gabriel tupinambá
Rio,
Mulher cheirando a sal do mar
Eu imagino
O ranger das suas metades a se encontrar

Na tua miséria crua e brutal
Qual o papel secreto de uma morena
No sol?

Rio
Dos entregadores de jornal
E dos teus filhos
Personagens de um sonho banal

Em que não sonhamos mas somos sonhados
Qual a mensagem cifrada de um samba
Na madrugada?

Aqui o prometeu não tem correntes
E mesmo livre, lá do corcovado,
Assiste atónito o fogo sendo usado
Na mão de meninos ou soldados.

E esse sorriso incrustado nos meus dentes
Marcando na boca palavras que eu não digo
E que me assustam, desfilando na avenida
Esse sorriso, essa risada, essa ferida

Com que

Eu rio

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