Mão morta

Preces perdidas

Mão morta
Há preces perdidas, sinistras
Há prantos, segredos sombrios
Canseiras
Há mortes sonoras vividas
Há bocas famintas, sumidas
Vestidos terríveis, antigos

Há folhas quebradas correndo
Martelos escuros, calados

Há vivos cavalos alados
Cadeiras
Há redes caladas
Orelhas sofridas, secretas
Há medos, segredos
Retratos horríveis

Há cheiros galgando cidades
Amores desfeitos, chorados

Há sonhos correndo doridos, fechados
Há gritos, lamentos
Misérias
Lamentos, desgostos crescendo

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